Biografia dos Santos

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Vida de São João Berchmans

João Berchmans nasceu em Diest (Bélgica), em 1599. De família muito humilde, teve que trabalhar como criado para pagar os seus estudos. Não pôde realizar outra coisa em sua vida do que ser estudante, caso insólito dentro da tipologia da santidade medieval e da sua concepção de santidade “heróica”. Contudo, viveu toda a vida sob o império da santidade. Cada um dos seus actos era realizado como numa competição consigo mesmo. Foi chamado o mestre do detalhe na santidade, “Maximus in minimus” era seu lema. Assim, em Berchmans o heróico ganhou um novo sentido, ou como ele mesmo escrevia: “Minha penitência, a vida diária”. Entrou para a Companhia em 1616 e fazia a filosofia quando adoeceu e morreu em 1621. Amorosamente fiel às regras, humilde, colega sempre alegre e gentil, estudante esforçado, tornou-se padroeiro da juventude e modelo de obediência e amor à Companhia. Canonizado por Leão XIII em 1888.

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São João Berchmans nasceu em Diest, pequena vila de Flandes, Bélgica, em 1599. Nasceu em 13 de março e morreu em outro 13, o de agosto. Não importa. A superstição não tinha capacidade em sua vida. Todos os dias são presentes de Deus.

Seu pai João, curtidor de peles, e sua mãe Isabel eram bons cristãos. Tiveram cinco filhos, dos quais três se consagraram ao Senhor. Morreu logo a mãe, e ao final o pai foi ordenado sacerdote.

Nosso santo foi o anjo do lar, fiel ajudante de sua mãe. Iniciou seus estudos no Seminário de Malinas, em seguida entrou no Noviciado dos jesuítas da mesma cidade. Mais tarde passou a Roma. No Seminário e no Noviciado se distinguiu por sua candura, estudo e piedade.

Sua devoção à Virgem era proverbial. Sentia para com ela um carinho terno, profundo, crédulo e filial. «Se amo a Maria, dizia, tenho segura minha salvação, perseverarei na vocação, alcançarei quanto quiser, em uma palavra, serei todo-poderoso». A ela dedicou sua Coroinha das doze estrelas.

Abundavam por então os erros de Bayo, catedrático de Escritura na Lovaina, quem afirmava que Maria tinha sido concebida em pecado. Os teólogos Belarmino e Francisco de Toledo intervêm para esclarecer a verdade. É curioso notar que o grande teólogo espanhol Juan de Lugo atribui o movimento a favor da Imaculada às orações de Berchmans.

O próprio Lugo insiste que o decreto de 24 de maio de 1622 conseguiu pela influência sobrenatural de João Berchmans. Nele confirmam as constituições de Sixto VI, Alessandro VI, São Pio V e Paulo V. Manda severamente que ninguém, nem de palavra nem por escrito, atreva-se a afirmar que a Santíssima Virgem Maria foi concebida em pecado, e se soleniza a festa da Imaculada.

No último ano de sua vida João se comprometeu, assinando com seu próprio sangue, a «afirmar e defender em qualquer lugar que se encontrasse o dogma da Imaculada Concepção da Virgem Maria».

Os Santos praticaram em grau heróico todas as virtudes. Mas buscava distinguir-se em alguma delas. Qual é a virtude característica de Berchmans? Ele desejava praticá-las todas por igual. Sua obsessão, sua loucura de santo, era a fidelidade em observar perfeitamente suas obrigações, sem desculpas nem fugas. «A virtude mais eminente, é fazer simplesmente, o que temos que fazer», dizia Pemán no Divino Impaciente.

Aparentemente não tinha feito nada, nada chamativo. Mas viveu «apaixonado pela glória de Deus». «Quer trabalhar sem perder a menor parte de seu tempo». Aproveita as cruzes da vida diária: «Minha maior penitencia, a vida comum». «Quero ser santo sem espera alguma».

Fazia cada coisa em seu momento, e sobrenaturalizando a intenção. Quando há que orar, dizia, ora com todo amor. Quando há que estudar, estuda com toda ilusão. Quando há que praticar esporte, pratica-o com todo entusiasmo. E sempre com mais amor, em cada instante do programa diário, sob o doce olhar maternal da Virgem Maria. Estudava com o olhar posto no futuro apostolado, nas almas que lhe encomendariam.

Meu maior consolo, dizia ao morrer jovem, é não ter quebrado nunca, em minha vida religiosa, regra alguma nem ordem de meus superiores, sabendo, e advertidamente, e o não ter cometido nunca um pecado venial. Alta e robusta mensagem. É patrono dos que se preparam para o sacerdócio. Morreu em 13 de agosto de 1621. Suas últimas palavras foram: Jesus, Maria.

http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=164


Lembramos o jovem que viveu, durante apenas vinte e dois anos, numa total entrega e amor ao Cristo. São João Berchmans nasceu na Bélgica, em 1599, de família pobre, porém, rica na vida e nas virtudes cristãs.

Tocado pelo testemunho de paciência heróica da mãe diante da fatal enfermidade e, motivado pelo pai viúvo, o qual abraçou o Sacerdócio Católico, ele começou a estudar em um Colégio dos Jesuítas até entrar na Companhia. Ao ser encaminhado para os estudos de Filosofia e Teologia de Malines para Roma, João mostrou com a vida seu amor a Mãe de Deus lutando contra o pecado: “Antes, mil vezes morrer, do que cometer o mais leve pecado ou transgredir uma regra da Ordem”.

São João Berchmans que fez de sua vida comum sua maior penitência, pegou uma grave enfermidade a qual aceitou com alegria; por isso deitou-se no chão, em sinal de humildade e recebeu os últimos Sacramentos. Testemunha-se que – com o crucifixo, o livro da Regra e o terço apertados sobre o peito – disse: “São estes os meus três tesouros, em cuja companhia quero morrer”, desta maneira é que despedido de todos, foi para a Eternidade repetindo: “Jesus! Maria!”.

São João Berchmans, rogai por nós!

http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/santo/index.php?dia=12&mes=8

Biografia de São João Berchmans por Ignacio Echaniz.

Início

Diferente por completo era o mundo de João Berchmans. Diest é uma cidadezinha sonolenta e esquecida de Flanders, que já conheceu melhores dias….Em 11 de Agosto de 1603 quando João tinha apenas 4 anos a peste negra levou o avô, Adriaan….(p.35-36)….Quando completou 11 anos João fez sua primeira comunhão!

Vocação

Certo dia, durante o verão de 1612, ele disse ao filho mais velho: João, você está com 14 anos: está na hora de se sustentar. Não somos ricos, você terá que desistir dos estudos. A mãe soluçou e João implorou: “Por favor, pai querido, deixe-me estudar. Viverei a pão e água, mas deixe-me ser padre. As duas tias de João vieram em seu socorro…O cônego Van Groenendock pleiteou a causa de João com seu amigo, o Cônego Jan de Froymont…da catedral de Malines, e o encontrou propenso a aceitar João entre seus hóspedes….João era apenas um modesto criado na casa do cônego, mas aceitava esse papel com serenidade.(p.38-39).

Um dia, em agosto de 1616 ele pegou a caneta e o papel e escreveu aos pais: “respeitado pai e querida mãe, faz três ou quatro meses que Nosso Senhor bate á porta do meu coração. Até agora não o abri, mas pouco a pouco percebi que mesmo que eu estudasse, caminhasse, brincasse ou fizesse outra coisa, um único pensamento me perseguia: escolher certo estado de vida. Por isso, decidi me oferecer inteiramente a Cristo e, lutar em seus combates na Companhia de Seus Nome. Só espero que vocês não oponham seus planos ao dEle.

Filho obediente de Cristo e de vocês, João Berchmans.(p.47).

Perseguição

O Sr Berchmans foi aplacado, mas não convencido. Como Dom Ferrante, ele chamou um sacerdote, o padre guardião dos Capuchinhos. Mas João tinha uma reposta adequada para todas as perguntas e dificuldades que ele apresentou. Longe de dissuadi-lo, o guardião incentivou-o: “Não exite garoto, Deus o chama, procure ser um bom Jesuíta.(p.47-48).

João não conseguiu o consentimento irrestrito do pai. O pobre homem disse que deixava o filho livre para fazer o que queria, mas que ele não esperasse nenhuma ajuda. João respondeu em seguida: “Pai, se a roupa que visto me impedisse, eu imediatamente a tiraria e entraria para a Companhia em mangas de camisa. (p.49).

Na Companhia de Jesus

Padre Camillo Gori, encarregado dos juniores, .. disse…Acreditem-me ele é buono, buono buono…muito muito bom. Ou porque gostava de João ou porque todos o consideravam uma nova versão de Luís Gonzaga, designou-lhe o quarto que este último ocupara trinta anos antes.(p.58).

“Este colégio abriga mais de 200 padres e irmãos, quase todos alunos. Eles são de muitas nacionalidades diferentes…contudo, todos estão unidos pelos laços do amor fraterno, como filhos de uma só mãe.(p.58).

A regras de vida de João Berchmans

O perfeito desempenho de seus deveres era sua preocupação predominante…

“Preste atenção ao que faz”… “Ponha todo seu coração e suas energias em tudo que fizer.”… “Minha penitência mais importante é a vida de comunidade”… “Prefiro ser arrasado do que infringir a menor regra.(p.58-59).

Enxergava as rosas e não os espinhos

A bondade e a cortesia do padre-geral; a erudição do padre provincial; a impassibilidade do padre reitor; a deferência a todos por parte do padre Buffalo; O amor e o interesse de padre Piccolomini pelos alunos; o amor a solidão que sente Padre Cornelius…a mansidão e docilidade do irmão Oliva.(p.59).

Doença

O esforço contínuo e a tensão minaram-lhe a saúde…sentia-se tão fraco no sábado, dia 7, que nem conseguiu escrever as suas costumeiras notas breves depois da meditação matinal. Ás 3 da tarde, ele se arrastou até a sala do Reitor e informou-o que estava doente. Cepari ordenou-lhe que fosse para a enfermaria e o enfermeiro mandou-o para a cama. Domingo dia 8, recebeu a comunhão e também a visita do médico, que o encontrou um pouco melhor…dia 9…apareceram sintomas de uma pneumonia incipiente….”Realmente não sei se estou cuidando de um homem ou de um anjo”…disse o enfermeiro….Ao alvorecer da sexta-feira, 13 de agosto de 1621, João apertou o crucifixo nas mãos, juntamente com o terço e o livro de regras…e pediu que recitassem a Litânia de Nossa Senhora.

Deu o último suspiro durante as invocações. “Santa Virgem das Virgens, Mãe Castíssima(p.59-61).

Paixão e Glória – História da Companhia de Jesus em Corpo e Alma. Edições Loyola  – Tomo II.2006.



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